A ONG Me Too Brasil e sua diretora, Marina Ganzarolli, protocolaram no STF uma queixa-crime por difamação contra Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania.
O que aconteceu
Me Too Brasil e Ganzarolli dizem que o ex-ministro extrapolou a liberdade de expressão. Sem apresentar provas, Almeida acusou a ONG de tentar interferir na licitação do Disque 100, canal de denúncia de violação de direitos humanos. A defesa cita na peça a entrevista de Silvio Almeida ao UOL em que ele reforçou que há indícios que embasam a acusação, mas que são documentos sigilosos. “[Silvio Almeida] confirmou as difamações constantes […] a despeito de o próprio Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania ter desmentido por completo a existência de qualquer tentativa de interferência em licitações, bem como de investigações a respeito.”
Também refutam declaração de Almeida de que a ONG teria procurado diretamente a imprensa para divulgar as denúncias de assédio sexual do ex-ministro a várias mulheres, incluindo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. No documento, a defesa diz que a ONG apenas confirmou à imprensa o teor das denúncias, sem revelar a quantidade de vítimas que procuraram a organização ou a identidade delas.