Médicos mantêm paralisação e Santa Casa admite falta de recursos para pagamentos

Os médicos da Santa Casa de Rondonópolis continuam com os atendimentos paralisados, após decisão tomada no último sábado (29). Apenas os serviços de urgência, emergência e os cuidados aos pacientes já internados seguem sendo realizados normalmente. O restante das atividades segue suspenso por tempo indeterminado.

A paralisação ocorre após meses de atrasos recorrentes no pagamento dos honorários médicos. Segundo o diretor clínico do hospital, Ezequiel Angelo Fonseca Júnior, a situação tem comprometido diretamente a dignidade e o comprometimento do corpo clínico.

Nesta segunda-feira (1), a Santa Casa divulgou uma nota pública admitindo que não possui recursos em caixa para quitar os débitos com os profissionais da saúde. A administração do hospital afirmou que a falta de pagamentos não ocorre por negligência ou má vontade, mas pela ausência de repasses por parte de outros entes públicos, apesar do apoio prestado pela atual Secretaria Municipal de Saúde. O Município também confirmou que os pagamentos à Santa Casa estão em dia.

No comunicado, a instituição detalhou que aguarda o recebimento de diversos valores. Entre eles:

  • R$ 2.599.999,90 e R$ 3.042.664,25 referentes a emendas parlamentares empenhadas pelo Governo do Estado;
  • R$ 2.388.342,64 relativos ao encontro de contas das UTIs, em atraso desde junho de 2024;
  • R$ 3.788.546,34 de repasses do CORESS, pendentes desde agosto do ano passado;
  • R$ 801.000,00 referentes a procedimentos cardiológicos realizados entre dezembro e fevereiro;
  • R$ 509.782,50 da competência de fevereiro, referentes a OPME Extra, medicamentos de alto custo e cirurgias eletivas;
  • R$ 423.300,31 do MAC Estadual de fevereiro, além de R$ 630.361,39 do FEEF do mesmo mês;
  • R$ 1.444.340,00 do reajuste do MAC Federal de 2024 e R$ 2.501.338,41 da competência de fevereiro de 2025;
  • R$ 7.245.062,11 autorizados por ordem do Tribunal de Contas do Estado e ainda não pagos;
  • R$ 3.193.046,41 da diferença do MAC Federal confiscado de janeiro a novembro de 2024.

A Santa Casa ainda informou que está com um processo em andamento para acesso à linha de crédito do InvestSUS junto à Caixa Econômica Federal, o que pode ajudar a amenizar a crise.

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