Devido ao susto, eles não se lembram de muitos detalhes desse telefonema. Primeiro queriam entender quem era a pessoa com o celular e quando ouviram UPA, a preocupação era saber porque alguém de sua família estava precisando de atendimento. A informação oficial da gravidade do acidente veio muito mais tarde.
A UPA recebeu quem se feriu levemente. Um rapaz que estava no banheiro na hora do acidente, conseguiu fugir pela parte de trás do ônibus, achou o celular e deixou lá, conta um familiar.
Como a sobrinha sobreviveu a identificação foi mais rápida. “Logo conseguimos identificar minha sobrinha, que estava em um hospital. Aí tudo aconteceu muito rápido. Quando soubemos da Laura, fomos atrás de informações de meu irmão e minha cunhada”, diz Luciana.
Laura lembra de tudo. A menina, que tem nove anos, estava acordada na hora do acidente. E como está lúcida e bem no hospital, apenas com algumas queimaduras, ela sabe dizer o que aconteceu. Laura afirma que uma criança a ajudou a sair do ônibus, que já estava pegando fogo. No hospital, ela está acompanhada por um tio de seu pai.
Informações foram difíceis no começo. Segundo a família do Erinaldo, a Emtram está prestando, sim, atendimento às vítimas. No começo, nem todos os funcionários estavam instruídos da maneira correta, mas atualmente falam direto com a advogada da empresa. Os problemas são os trotes.