Mesmo internado, o ex-presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais neste domingo (21) para criticar duramente o Supremo Tribunal Federal e prestar solidariedade a Filipe Martins, seu ex-assessor internacional. Segundo Bolsonaro, o processo contra Martins representa “um dos maiores escândalos da história do Judiciário brasileiro”, fruto de um “laboratório de abusos, restrições autoritárias, distorções processuais e ilegalidades em série”.
Bolsonaro afirmou que Martins está preso injustamente por uma viagem que nunca fez, sendo mantido em isolamento, censura e vigilância, além de proibido até de ser fotografado ou gravado. “Agora ainda querem colocar ele no banco dos réus por causa de uma ‘minuta’ que não existe e que ele evidentemente não escreveu”, destacou o ex-presidente.
Ele estendeu a solidariedade ao Coronel Câmara e aos demais acusados do chamado “núcleo 2”, ressaltando que nenhum deles possui foro privilegiado, mas mesmo assim estão sendo julgados diretamente pelo STF, sem direito de recorrer a instâncias superiores. Para Bolsonaro, essas ações são reflexo de “inovações jurídicas arbitrárias e uso de criatividade por parte de Alexandre de Moraes”.
O ex-presidente reforçou que o caso representa um alerta sobre os rumos que o Brasil está tomando. “Tenho dito e repito: o mundo está observando com atenção. E começa, enfim, a entender o que está acontecendo no Brasil, um país em que a perseguição política se disfarça de justiça, e onde o autoritarismo cresce a cada silêncio imposto”, escreveu, citando ainda que a recente matéria da revista The Economist é apenas o começo da repercussão internacional.
