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Mortes: Foi voz marcante da comunidade adventista no interior do Nordeste

Aos sábados pela manhã, a comunidade adventista do Vale do São Francisco, entre Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), tinha compromisso com Antônio Ferreira. Seu programa “Fonte da Esperança” foi ao ar durante 15 anos na Ponte FM. Dono de uma voz marcante, fazia um informativo relacionado a sua fé.

Ferreirinha, como ficou conhecido nas ondas do rádio, iniciava saudando seus fiéis ouvintes. Anotava os nomes durante a semana para mandar seu alô especial. Depois, seguia com notícias, momentos de reflexão, orações e músicas de louvor. Também tinha espaço para divulgar os eventos religiosos do final de semana.

Antônio Ferreira da Silva nasceu em Petrolina, em 1959, e cresceu em Juazeiro. Foi o sétimo dos oito filhos da feirante Francisca com o comerciante Feliciano.

Sua carreira foi como técnico judiciário do Fórum de Petrolina. Passou no concurso após abandonar a faculdade de matemática já no oitavo período para focar nos estudos. O escrivão era chamado de Toinho pelos colegas de trabalho. Durante muitos anos, foi o chefe de secretaria do órgão.

Um cunhado o levou para a Igreja Adventista do Sétimo Dia ainda na juventude, a qual não deixou mais de frequentar. Nos encontros, Ferreira, como era chamado pelos irmãos de fé, conheceu Marli. Começaram a namorar aos 20 anos e se casaram sete anos depois. Viveram todos os seus anos seguintes juntos e tiveram três filhos.

Foi também na igreja que intensificou sua relação com a comunicação, que sempre lhe atraiu. Gostava de pregar e falar ao povo sobre fé. Passou a colaborar com os programas que eram veiculados pelos adventistas na Juazeiro AM. Participou do “Está Escrito”, do qual chegou a ser diretor, e do “A verdade presente”.

“Era muito envolvido com as coisas da igreja”, afirma o filho Mharllon Araújo, 34.

Como passou muitos anos da vida perto das burocracias judiciárias, gostava de ajudar quem tinha dificuldade em algum processo. Intensificou a disponibilidade após se aposentar, há um ano. Resolvia problemas dos conhecidos com penhora de bens, casamentos, contatos com advogados e juízes. “A alegria dele era estar ajudando pessoas”, diz o filho.

Assim que acordava, colocava músicas para tocar. Quando os filhos eram pequenos, era esse seu despertador, após o pai preparar o café da manhã. Ele também fazia questão de cozinhar os jantares.

Mantinha, junto a esposa, o costume de realizar diariamente um culto familiar. Era um momento íntimo de ler versos da Bíblia e fazer reflexões, além de frequentar o templo.

Diabético, morreu após um infarto seguido de parada cardíaca no último 18 de janeiro, aos 65 anos.

Deixa a esposa, Marli, 64, e os filhos Mharllon, 34, Alynne, 32, e Brunna, 22.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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