O Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso (CRO-MT) voltou a denunciar as precárias condições de trabalho e a falta de insumos básicos para os atendimentos nas unidades de saúde bucal de Rondonópolis. As cobranças, que já ocorriam, ganharam mais força com a proximidade do término da atual administração.
Profissionais relatam que a ausência de materiais como luvas descartáveis compromete o atendimento à população. Temendo represálias, muitos evitam se identificar, mas descrevem um cenário de descaso alarmante. “Nesta sexta-feira (22), recebemos novas denúncias sobre a falta de luvas nas unidades de saúde bucal. O CRO-MT exige esclarecimentos das autoridades e ações imediatas para garantir o funcionamento dos serviços”, destacou a presidente do conselho, Wânia Dantas, em nota.
A situação não é novidade. Em junho, Wânia visitou o município para verificar denúncias de assédio moral supostamente praticado pela superintendente de Saúde Bucal, Neuzeli Fuza, além da carência de condições mínimas de trabalho. Na época, ela considerou a situação “preocupante e exigindo intervenção urgente para assegurar a qualidade do atendimento e um ambiente de trabalho digno aos cirurgiões dentistas”.
Relatórios de fiscalização realizados pelo CRO-MT nos últimos dois anos expuseram irregularidades graves, incluindo a falta de itens essenciais. A ausência de materiais básicos, como luvas descartáveis, reflete o descaso com a qualidade e a segurança dos serviços prestados à população.
Diante das novas denúncias, consideradas inaceitáveis, ela lembra na nota que o CRO-MT já adotou todas as medidas cabíveis, encaminhando denúncias e relatórios aos órgãos competentes, como o Ministério Público Estadual, à Vigilância Sanitária Municipal, à Prefeitura de Rondonópolis e à Câmara de Vereadores.