A administração Trump está dinamitando o estado profundo, e os democratas estão apopléticos.
Na terça-feira (04), o presidente dos EUA, Donald Trump, colocou quase todos os funcionários da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) baseados no Distrito de Columbia em licença. De acordo com o site Politico, isso equivale a cerca de 1.400 pessoas, além dos 600 funcionários que já haviam sido afastados desde domingo (02).
Essa medida vem após a administração Trump congelar por 90 dias toda a assistência estrangeira.
Trump, o secretário de Estado Marco Rubio e o empresário Elon Musk — que dirige o recém-criado Departamento de Eficiência Governamental — passaram os últimos dias criticando a USAID por desperdiçar milhões de dólares dos pagadores de impostos em projetos ineficazes ou até prejudiciais ao redor do mundo.
O secretário de Estado Marco Rubio explicou os problemas da USAID em entrevista à Fox News na segunda-feira (03).
“Eles evoluíram para uma agência que acredita não ser parte do governo dos EUA, mas sim uma instituição de caridade global. Pegam o dinheiro dos contribuintes e o gastam como tal, independentemente do interesse nacional.”
Rubio destacou que embaixadas ao redor do mundo frequentemente reclamam da falta de cooperação da USAID e até mesmo de sua postura prejudicial em relação aos governos com os quais os EUA desejam trabalhar. Ele argumentou que a agência opera como se sua lealdade fosse ao “globo” e não aos Estados Unidos, afastando-se do propósito original de sua criação.
Agora, com a USAID sob sua autoridade, Rubio afirmou que o governo tentou reformá-la, mas encontrou “insubordinação em altos escalões”. Segundo ele, muitos funcionários da agência agem como se trabalhassem para si próprios, e não para o povo americano ou seus representantes eleitos.
É por isso que a administração teve que tomar medidas drásticas para congelar temporariamente a agência, explicou Rubio. É um golpe significativo que surpreendeu os democratas, que não estão acostumados com os republicanos desafiando a máquina administrativa irresponsável da esquerda tão diretamente.
Os democratas agora tentam transformar essa suspensão da USAID em um problema político contra Trump. O senador Chuck Schumer (Democrata-NY) alertou que o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) e o governo Trump podem não parar na USAID e poderiam investigar… o IRS [Internal Revenue Service, a Receita Federal dos EUA].
A esquerda aposta que essa paralisação pode gerar indignação popular contra o governo Trump. No entanto, essa estratégia pode não funcionar, já que a medida afeta principalmente um nicho específico de funcionários federais, sem grande impacto na vida cotidiana dos americanos.
Além disso, a #Resistência do chamado “Estado Profundo” já não tem a mesma força que tinha em 2017. E, talvez mais importante, depois que os americanos descobriram como a USAID tem sido administrada, dificilmente ficarão chateados com sua reformulação.
A USAID é um produto da Guerra Fria, durante a qual os EUA estavam envolvidos em uma batalha global contra as forças do marxismo internacional. Foi criada por meio de uma ordem executiva de 1961 pelo presidente John F. Kennedy como uma ferramenta do governo federal para auxiliar o soft power americano influenciando outras nações com assistência financeira e humanitária.
Contudo, com o fim da Guerra Fria e da ameaça soviética, a agência mudou de rumo. A política externa dos EUA passou a priorizar uma vaga promoção da “democracia” humanitária, o que fez com que a USAID se inclinasse cada vez mais para a esquerda, apesar de seu suposto caráter apartidário.
Organizações como a USAID se tornaram instrumentos de um império global progressista, desviando-se dos interesses americanos e da contenção do comunismo internacional. Em vez disso, passaram desviar dólares dos contribuintes dos EUA para vários projetos de esquerda, muitos dos quais são mal recebidos até mesmo nos países que deveriam ser supostamente beneficiados.
Na prática, a USAID se transformou em um cabide de emprego para ativistas progressistas dos EUA.
Nos últimos dias, tem havido um escrutínio crescente sobre o que a USAID tem financiado. Os defensores da agência frequentemente apregoam que ela fornece medicamentos que salvam vidas para países em desenvolvimento, mas essa é a fachada para todos os outros projetos explicitamente ideológicos em que está envolvida.
Por exemplo, o jornal The Washington Free Beacon relatou que em 2023, sob o presidente Joe Biden, a USAID gastou US$ 1 milhão “em um projeto para ajudar pessoas com deficiência no país da Ásia Central do Tajiquistão a se tornarem ‘líderes climáticos’”.
O governo Biden sobrecarregou os esforços da USAID e do Departamento de Estado para promover objetivos sociais de extrema esquerda. Por exemplo, de acordo com o The Wall Street Journal, o Departamento de Estado estava financiando “subsídios culturais” para promover apresentações de drag queens no Equador. Enquanto isso, a China estava investindo pesadamente na produção de mineração de cobre do país.
O Free Beacon também relatou que a USAID gastou milhões de dólares em vários projetos de diversidade, equidade e inclusão, incluindo um programa criado para “engajar instituições lideradas por indígenas para implementar um programa de tecnologia de linguagem indígena” na Guatemala, onde mais de 95% das pessoas falam espanhol.
Também gastou dinheiro em grupos que elogiavam terroristas.
“Em novembro de 2022, a USAID destinou US$ 78.000 ao Community Development and Continuing Education Institute (CDCEI), um grupo ativista palestino na Cisjordânia. Os líderes dessa organização elogiaram um terrorista que assassinou um adido militar dos EUA, chamando-o de ‘combatente heróico’”, relatou o Free Beacon.
O senador Tom Cotton, republicano do Arkansas, enviou uma carta à USAID em outubro de 2024 dizendo que parte dos mais de um bilhão de dólares usados para ajuda humanitária em Gaza provavelmente estavam sendo canalizados para terroristas.
“Como previ que aconteceria desde o início, relatórios confiáveis indicam que terroristas do Hamas desviaram essa ajuda; evidências indiscutíveis demonstram que a ajuda sempre correu alto risco de desvio”, escreveu Cotton, de acordo com a Fox News.
Além disso, sob Biden, a USAID financiou abortos na África por meio de programas promovidos como iniciativas de combate à AIDS, segundo a Fox News.
Os defensores da agência argumentam que sua atuação é crucial para combater a influência da China. No entanto, enquanto Pequim investe em infraestrutura e mineração, a USAID direciona recursos para palestras sobre ideologia de gênero.
Talvez o aspecto mais condenável seja que a USAID canalizou dinheiro para organizações chinesas que trabalham em pesquisas sobre o coronavírus, incluindo o infame Instituto de Virologia de Wuhan.
O fato de os Estados Unidos terem uma agência como a USAID não é inerentemente ruim. Há benefícios em poder entregar ajuda a potenciais parceiros internacionais e promover valores americanos no exterior.
No entanto, a versão atual da USAID não está realmente fazendo isso. Em vez disso, está operando como uma agência desonesta, promovendo um projeto ideológico de esquerda que é impopular tanto dentro quanto fora dos EUA.
Desferir um golpe na USAID — e, no mínimo, forçá-la a se concentrar em sua missão principal original — será uma grande bênção para os EUA e um golpe para a esquerda. É uma situação ganha-ganha e indicativa da seriedade de Trump em perseguir o deep state em sua segunda volta à Casa Branca.