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Personal sobre condenação do ex-marido que a espancou: “Se ele sair e não for tratado, o padrão vai continuar, só muda a vítima”

ANA CRISTINA VIEIRA

DO REPÓRTERMT

Em entrevista ao , a personal trainer Débora Sander contou sobre a violência doméstica que sofreu e a condenação imposta ao policial civil Sanderson Ferreira de Castro Souza, seu ex-marido, sentenciado a 15 anos de prisão em regime fechado.

Ele foi condenado a 15 anos por violência, geralmente o cara é solto, mata, aí é capaz dele ser condenado, então, foi assim uma luta muito grande e uma vitória muito grande”, relatou.

O crime ocorreu em Cuiabá no dia 3 de agosto de 2024, e, desde setembro do ano passado, o agressor está preso. No entanto, Débora conta que foram muitas tentativas de desencorajá-la de denunciar e assédios realizados pelos colegas da corporação da qual ele pertence.

Se ele sair e não for tratado, o padrão dele vai continuar, o padrão de todos vai continuar, o ciclo vai recomeçar e só vai mudar a vítima

Leia mais – Policial civil que espancou ex-namorada é condenado a 15 anos de prisão

Após a agressão, Débora buscou informação sobre a condução da sua denúncia, eis que a delegada, chefe do agressor na época, lhe disse que ele havia recebido uma licença prêmio.

“Eu toda machucada, dois dias depois, e ele recebe uma licença prêmio e viaja para o Rio de Janeiro, então é isso que o estado tem para mim? É isso que o estado tem para nós?“, lembrou.

Formada em educação física e em marketing, Débora procurou uma amiga jornalista que a ajudou a contar sua história na mídia. Diante da repercussão, autoridades políticas a procuraram para dar mais visibilidade a sua denúncia e ela passou a integrar redes de mulheres que lutam pelo enfrentamento da violência, como o coletivo “Mulheres MT, Até quando?!”.

Débora foi vítima de todas as formas de violência previstas na Lei Maria da Penha, inclusive conta que era dopada pelo marido e violentada sexualmente. 

A violência só escala, se eu não tivesse feito o que eu fiz, eu acho que na próxima eu não sairia viva“, comentou. 

Hoje, apesar do medo que ainda sente do agressor e de situações de risco,  sua bandeira é ajudar outras mulheres para que consigam denunciar aquele que pratica a violência e romper com esse ciclo. 

Se ele sair e não for tratado, o padrão dele vai continuar, o padrão de todos vai continuar, o ciclo vai recomeçar e só vai mudar a vítima“, alerta. 

Confira trecho:

Confira a entrevista:

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