A operação deu cumprimento a seis mandados de busca e apreensão domiciliar com alvo em integrantes do grupo de travestis envolvido no crime. Os mandados foram cumpridos em seis quitinetes de um residencial, onde cada um dos investigados residia.
As investigações apontam que o esquema era coordenado por um grupo de travestis, que usava um menor de idade como isca para atrair homens para programas sexuais, sendo as vítimas abordadas durante a noite, em postos de combustíveis no trevo da cidade.
Durante a realização do programa contratado, a vítima era filmada, por uma das travestis integrantes do grupo e as imagens eram posteriormente utilizadas para ameaçar e extorquir as vítimas, sob a acusação de pedofilia. Em um dos vídeos feito pelo grupo, a vítima aparece amarrada e amordaçada, sendo agredida com tapas e socos, enquanto a integrante do grupo o acusa de pedofilia.
Com base nas investigações, foi representado pelos mandados de busca e apreensão contra os envolvidos, sendo as ordens judiciais cumpridas em residências e locais utilizados para os atos sexuais. As buscas resultaram na apreensão de documentos pessoais, cartões de contas bancárias de terceiros (possivelmente clientes) e instrumentos de procedimentos cirúrgicos.
Os delegados responsáveis pelas investigações, Welber Batista Franco, Joaquim Leitão Júnior e Nelder Martins Pereira, ressaltam que a operação tem o objetivo de cessar essa modalidade criminosa de extorsão e combater a exploração sexual, principalmente de menores, que são utilizados como meio de auferir vantagens ilícitas.
As investigações seguem em andamento para levantamento de outros elementos, assim como para identificação de outras vítimas e pessoas envolvidas no crime.