O investigado, que atua como disciplina de uma facção criminosa, realizava cobranças por meio de coação e graves ameaças contra as vítimas. Na operação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão domiciliar, um de prisão preventiva, além de uma medida judicial diversa.
As investigações iniciaram em março de 2024, após uma vítima procurar a Delegacia de Chapada dos Guimarães para relatar que vinha sofrendo ameaças e sendo coagida a pagar por um serviço de empreitada, em que ocorreu o desacordo do contrato.
Após ter descumprido as condições do contrato e deixado de efetivar a pintura da casa, o empreiteiro contratado passou a exigir outros valores se negando a finalizar o serviço, bem como passou a ameaçar as vítimas por telefone.
Em uma das ocasiões, o empreiteiro chegou a ir a casa da vítima acompanhado de seu comparsa, ocasião em que novamente ameaçou a vítima, dizendo que as pessoas que não pagavam na cidade eram cobradas por facção criminosa. A vítima passou a receber diversas mensagens de áudio com ameaças, inclusive determinando horários para que fosse realizado o pagamento e com advertências sobre procurar a Polícia.
Iniciadas as investigações, a equipe de policiais da Delegacia de Chapada dos Guimarães conseguiram identificar o responsável por enviar as mensagens de ameaças, sendo o autor um integrante de facção criminosa conhecido na cidade, investigado por diversos crimes e responsável por aplicar “salves”, impondo a disciplina da facção mediante o uso de violência e grave ameaça, castigos físico e até a morte.
Com base nos elementos apurados durante as investigações, o delegado Eugênio Rudy Júnior, representou pelos mandados de prisão contra o suspeito e de busca e apreensão em três endereços relacionados ao investigado. As ordens judiciais foram deferidas pela Justiça e cumpridas na tarde desta segunda-feira (06), pelos policiais de Chapada dos Guimarães.
“O investigado atua com disciplina de uma facção criminosa e desta forma, não há dúvidas quanto à prova de existência do crime de extorsão qualificada, além do risco que as vítimas estavam correndo com o criminoso em liberdade”, disse o delegado.