As denúncias contra Fernando começaram a estourar em julho do ano passado, e até uma sobrinha dele disse ter sido vítima dele em 1991 —nesse caso, o crime prescreveu. O caso chocou a sociedade paraibana, já que ele era um dos pediatras mais respeitados e integrante de uma família bem influente na política paraibana.
Fernando nega todas as denúncias e tenta, na justiça, converter sua prisão preventiva em domiciliar alegando idade avançada e problemas de saúde. Ele está detido no presídio do Cotel, em Abreu e Lima, também na Grande Recife.
Burla da polícia
Para chegar até Fernando, a Polícia Civil precisou atuar em várias frentes e enfrentou dificuldades impostas pela rede de apoio que o pediatra teve. Primeiramente, ele se escondeu na casa de uma filha, no Recife, onde ficou até o final do ano passado.
A polícia chegou a ir lá em dezembro, mas Fernando tinha fugido para Paulista cerca de uma semana antes.
Na cidade vizinha, ele ficou primeiramente em uma casa de uma bairro de classe média/baixa. Pouco depois, no início deste ano, se mudou para um flat a 3 quarteirões da praia do Janga, onde foi detido.