A RSF destaca a Argentina de Javier Milei (87º, -21), o Peru de Dina Boluarte (130º, -5) e El Salvador de Nayib Bukele (135º, -2).
Milei “estigmatizou jornalistas, desmontou a imprensa pública e usou a publicidade estatal como arma política”, afirma o relatório, que destaca a pressão sobre a mídia independente no Peru, além da propaganda e dos ataques aos meios críticos em El Salvador.
“Muitos líderes políticos da região têm adotado, como parte da sua estratégia de governo, uma lógica sistemática de atacar à imprensa como uma maneira de mobilizar suas bases eleitorais”, explica Artur Romeu, que acredita que essa estratégia de “ódio” não se limita a um segmento do espectro político.
O governo de Daniel Ortega na Nicarágua “erradicou os veículos independentes, retirou a nacionalidade de vários jornalistas e forçou centenas ao exílio”, detalha o informe.
A Nicarágua (172º, -9) tirou de Cuba (165º, +3) a última colocação da América Latina no ranking. A Venezuela caiu quatro posições, para 160º.
– “Asfixia” –
“Mais de seis em cada dez países (112 no total) registram retrocessos” e, pela primeira vez desde 2002, “as condições para a prática do jornalismo são ‘ruins’ na metade dos países”, destaca o relatório.