“Avião foi abatido acidentalmente”, reconheceu Aliev. Ele descarta a possibilidade de ter ocorrido um “ato terrorista intencional”. No entanto, pede que a Rússia admita a culpa sobre o incidente. “Infelizmente, durante os primeiros três dias não ouvimos nada além de versões absurdas da Rússia”, observou.
Azerbaijão aguarda os próximos passos das investigações. “Uma vez abertas as caixas-pretas, vamos conseguir informações mais detalhadas e muitas questões que ainda precisam ser esclarecidas”, disse Aliev. Participam das apurações representantes da Embraer, fabricante do avião, do Azerbaijão, Cazaquistão e Rússia, além do Comitê de Aviação Interestadual.
Aliev disse que avião foi atingido em solo russo. Em conversa telefônica com o presidente russo, Vladimir Putin, no sábado (28), o presidente do Azerbaijão afirmou que os disparos ocasionaram a perda de controle da aeronave. Segundo ele, o pouso de emergência na cidade de Aktau, no Cazaquistão, só foi possível “graças à coragem e ao profissionalismo dos pilotos”.
Ele relatou danos à fuselagem. Aliev disse a Putin que inúmeros buracos foram encontrados na carcaça da aeronave. Passageiros e tripulantes do voo foram feridos por “partículas estranhas” que perfuraram a cabine do avião, afirmou.
Telefonema discutiu uma investigação abrangente. Na conversa, Aliev e Putin debateram uma apuração séria sobre todos os detalhes da tragédia e a responsabilização pelos danos causados. O presidente do Azerbaijão sugeriu a formação de um grupo de peritos internacionais.
Putin pediu desculpas pelo ocorrido. Segundo nota do Kremlin, a manifestação do presidente russo ocorreu a partir do reconhecimento de que o incidente ocorreu no espaço aéreo da Rússia. Ele não reconhece a responsabilidade russa sobre o acidente, mas admite que o sistema antiaéreo estava em operação no momento da ocorrência.