Alguém acredita na mentira de que o Tio Sam ataca países do Oriente Médio em nome da democracia e da liberdade? Não; faz isso em busca de petróleo. Por que acreditar então que Washington atacará o Brasil e outros países em nome da liberdade de expressão? Vai em defesa dos lucros das grandes plataformas e do poder de controle sobre a população que pode exercer através delas.
O Brasil não está impondo censura a empresas sediadas nos EUA, mas obrigando pessoas jurídicas instaladas aqui a seguir as leis nacionais. Se uma empresa não quiser seguir a nossa Constituição Federal e obedecer às nossas instituições, é simples: não opere no país. Impor a lei norte-americana para ser seguida aqui é comum a governos autoritários, não a quem diz ser o farol da liberdade do mundo. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Sakamoto elogiou a postura do Itamaraty, que rebateu os EUA e criticou o governo norte-americano por seu posicionamento contrário a decisões do STF. Na nota, o Ministério das Relações Exteriores rejeita “com firmeza qualquer tentativa de politizar decisões judiciais”.
É papel do Itamaraty defender o Estado brasileiro. Nesse ponto, não é uma pessoa, nem Moraes, nem o STF; é o Estado brasileiro que está sob ataque. Se Hugo Motta, presidente da Câmara, ou Davi Alcolumbre, presidente do Senado, tal qual o presidente Lula, certamente o Itamaraty, que é responsável por essa interlocução entre países, também deveria vir a público em nome disso.
Se isso alegrou ou não o STF ou o Executivo, não importa. O Itamaraty não poderia ficar em silêncio quando os EUA dão um pescotapa em nosso país. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
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