O descontentamento com decisões do ministro (principalmente contra políticos e bolsonaristas) motivou apelos por sanções internacionais nos EUA, com base em uma lei americana. A Lei Magnitsky ganhou destaque no debate público após ser apontada por críticos de Alexandre de Moraes como possível base legal para sanções contra o ministro nos EUA.
Setores do governo americano já pressionaram Alexandre de Moraes publicamente. O próprio Elon Musk já pressionou por Moraes ter bloqueado a plataforma X. Agora, um dos representantes do governo Trump chega e aponta, claramente alinhado com os pedidos feitos [por bolsonaristas] no Brasil.
A fala de Marco Rubio, a meu ver, foi bastante protocolar. É uma declaração que faz pressão, mas não vai muito além. Talvez, apareça alguma coisa mais próximo da eleição em 2026.
Então há um receio, inclusive, no governo americano sobre… ok, ‘não gostamos do Lula’, isso é claro. Mas para ajudar um candidato oposto ao Lula, vale a pena? Qual é o tamanho da pernada que pode ser dada para que também o Lula e determinados setores da sociedade civil não falem ‘olha a tentativa de intervenção dos EUA neste processo no Brasil?’, e isso gerar uma identidade reativa.
O Rubio deu hoje um biscoito que vai ser utilizado, a exaustão já está sendo utilizada, a exaustão nas redes bolsonaristas. Mas é apenas um biscoito, por enquanto. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
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