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Se o governo não priorizar cortes de gastos, a reforma será um mecanismo para sustentar um Estado perdulário

HAROLDO ARRUDA

A reforma tributária, propagandeada como solução para simplificar o sistema de impostos no Brasil, surge em um cenário de descontrole dos gastos públicos e de um governo federal cada vez mais inchado. Enquanto os cidadãos enfrentam dificuldades para manter seu poder de compra, o Estado continua a aumentar suas despesas, sem apresentar medidas concretas para equilibrar as contas. O resultado? Mais impostos, mais inflação e uma população cada vez mais empobrecida.

Nos últimos anos, a máquina pública cresceu de forma desordenada, com aumento do funcionalismo, privilégios para setores específicos e uma série de programas assistenciais que, embora essenciais para muitos, são frequentemente utilizados como instrumentos políticos, sem uma estratégia clara de sustentabilidade fiscal. Em vez de cortar gastos desnecessários, o governo busca soluções no aumento da carga tributária, tornando a vida do trabalhador e do empresário ainda mais difícil.

A proposta da reforma tributária se baseia na unificação de impostos e na criação do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), prometendo simplificação e neutralidade. No entanto, especialistas alertam que essa mudança pode acabar elevando a carga tributária em diversos setores da economia, transferindo o ônus para o consumidor final. Além disso, sem um controle rigoroso dos gastos, qualquer arrecadação extra apenas servirá para alimentar um Estado ineficiente, sem trazer benefícios reais para a população.

O impacto dessa política já é sentido no dia a dia do cidadão comum. A inflação corrói salários, o desemprego permanece alto, e os preços de alimentos, combustíveis e serviços básicos continuam subindo. A classe média, que já sustenta a maior parte da arrecadação, é esmagada por tributos e vê seu padrão de vida diminuir. Pequenos e médios empresários, motores da economia, lutam para sobreviver diante de um sistema burocrático e caro, que desincentiva investimentos e gera menos empregos.

Se o governo não adotar uma postura responsável, priorizando cortes de gastos e eficiência administrativa, a reforma tributária será apenas mais um mecanismo para sustentar um Estado perdulário. A conta, como sempre, cairá sobre os ombros da população, que vê seu dinheiro ser consumido por um sistema que privilegia poucos e prejudica muitos. O Brasil precisa de uma reforma tributária, mas ela só será eficaz se vier acompanhada de um compromisso real com a responsabilidade fiscal e o desenvolvimento econômico sustentável.

*Haroldo Arruda Junior é professor Doutor em Filosofia e Analista Político.

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