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Sem provas, Eduardo sugere que Cid delatou Bolsonaro sob coação: ‘É vítima’

A menção a Eduardo e Michelle se tornou pública na semana passada, com o vazamento de um dos depoimentos dados por Cid na delação, em agosto de 2023. Depois da publicação, pelo colunista da Folha de S.Paulo Elio Gaspari, o deputado já havia afirmado que o então ajudante de ordens do pai pode estar sofrendo ameaças contra si próprio e contra familiares, novamente sem apresentar provas.

Nesta quinta, Eduardo disse que entende “a situação sensível pela qual ele [Cid] está passando”. “Não sei se ele está tomando algum tipo de remédio porque eu não tenho mais contato com ele”, afirmou.

Ele também falou em “jogo de cartas marcadas” e disse que Cid já passou por situação semelhante anteriormente. “Vazou um áudio dele, e Alexandre de Moraes chamou ele no dia seguinte para um novo depoimento, para cobrar explicações, o que ele tinha falado num áudio, em que fala que estava sendo coagido, num jogo de cartas marcadas”, afirmou.

A fala faz referência ao vazamento de áudios, em março de 2024, em que Cid afirmava que o inquérito da PF é uma “narrativa pronta”. No material, o militar sugere ter sido coagido pelos investigadores e critica o ministro do STF Alexandre de Moraes, dizendo que Moraes “é a lei”.

Depois, Cid recuou. Ele alegou que os áudios eram apenas um “desabafo” e que, em nenhum momento, “coloca em xeque a independência, funcionalidade e honestidade” da PF, da PGR (Procuradoria-Geral da República) ou do STF. Com o episódio, Moraes mandou Cid ser preso preventivamente por obstrução de justiça. Ele foi solto pouco mais de um mês depois, após confirmar as informações prestadas na sua delação.

Na entrevista à CNN, Eduardo nega que ele e apoiadores de Bolsonaro tenham planejado um golpe de Estado, como apontam as investigações da Polícia Federal. “Se tivesse ocorrido qualquer coisa nesse sentido, não estaríamos vivendo essa tranquilidade que estamos vivendo hoje”, disse. “No final das contas, [Cid] acaba sendo uma vítima disso tudo. A troco de quê? A troco de um golpe sem polícia? É uma prova de fogo dificílima, a que o Cid está passando hoje.”



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