Sobre a Enel, o senhor tem planos de enterrar parte da fiação da cidade neste segundo mandato para evitar apagões?
A gente não conseguirá avançar no enterramento de fios enquanto a Enel cobrar preços absurdos. Pagamos R$ 29 milhões na avenida Santo Amaro. Já pedi para entrarmos com outra ação judicial para enfrentar essa questão, que é impossível de resolver internamente apenas.
O senhor já anunciou que vai ceder a gestão de parte das escolas à iniciativa privada. Como seria?
Eu vou levar o modelo de parceria que fizemos com o colégio Liceu Pasteur para as 50 piores escolas da cidade segundo o Ideb. Vamos fazer um chamamento público para que alguma organização educacional assuma a gestão. Minas Gerais já fez, o Paraná já fez, eu já fiz. Todas as experiências são positivas. Estamos estudando o modelo. Pode ser uma espécie de recuperação no contraturno, por exemplo, comandada por uma entidade, ou mesmo a concessão, como é no Liceu.
A Câmara Municipal aprovou uma alteração da lei do magistério proposta pelo senhor que tira o direito do professor escolher o turno que leciona. Por quê?
Porque o foco é o aluno. Eu preciso ter uma rede onde o objetivo de todo mundo seja o aluno. Vamos continuar valorizando a educação —dei 44% de aumento aos professores e ampliei também o bônus—, mas temos de corrigir alguns pontos. Temos de manter o professor na sala de aula e hoje 10 mil estão afastados.