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Sete celulares são encontrados na cela de Sandro Louco na Penitenciária Central

VANESSA MORENO

DO REPORTÉR MT

Um relatório da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Judiciária Civil apontou que Sandro da Silva Rabelo, popularmente conhecido como Sandro Louco, tinha sete celulares em sua cela na Penitenciária Central do Estado (PCE). A polícia identificou ainda mais de 140 ligações da esposa do criminoso, Thaisa Souza de Almeida Silva Rabelo, durante um período de 19 dias.

Thaisa e Sandro respondem juntos a uma ação penal de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ambos foram alvos da Operação Ativo Oculto, deflagrada em março de 2023, pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).

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O documento da Polícia Civil foi usado pela Justiça para justificar a transferência de Sandro Louco para o Raio 8, ala de segurança máxima da PCE, que foi construída com o objetivo de abrigar membros atuantes na liderança de organizações criminosas.

Além das informações sobre os celulares, ficou evidenciado no documento que Sandro Louco chegou a determinar uma rebelião no presídio contra as ações da Operação Tolerância Zero, que tem endurecido os procedimentos nas penitenciárias de todo o estado. Ele também contratou um hacker para inserir dados falsos no sistema do Judiciário, inclusive um alvará de soltura em favor dele.

LEIA MAIS: Sandro Louco ordenou rebelião na Penitenciária Central do Estado

Sandro Louco contrata hacker para invadir sistema do Judiciário e inserir falso pedido de liberdade

Consta ainda no relatório que Santo Louco foi um dos fundadores da facção criminosa, bem como é o atual presidente dela. Ele foi identificado como o mais poderoso associado da organização. Mesmo preso, ele chegou a comprar uma arma de fogo, que deveria ser entregue à sua mãe, para que ela pudesse se defender de assaltos.

Controle de mercadinho

O relatório também apontou que Sandro Louco controlava o mercadinho da PCE. Segundo o criminoso mesmo informou em um interrogatório, ele e outros faccionados responsáveis pela gestão do comércio chegaram a alcançar um lucro aproximado de R$75 mil ao mês. 

LEIA MAIS: Sandro Louco afirmou em interrogatório que lucrava R$ 75 mil por mês dentro da PCE em Cuiabá

Sandro Louco cumpre pena de 193 anos, sete meses e 10 dias de prisão, em decorrência de 17 condenações por crimes de roubo majorado, homicídio qualificado, latrocínio e associação criminosa.



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