O anúncio do acordo entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, foi feito pelo enviado dos Estados Unidos para a Síria, Tom Barrack.
Desde o domingo (13), confrontos na cidade de Sueida, reduto da minoria drusa, e em seus arredores fizeram centenas de mortos. Autoridades sírias haviam retirado as tropas da região ontem, depois que Israel, contrário à presença do Exército sírio em sua fronteira, bombardeou Damasco e outros alvos no país.
“Convocamos os drusos, beduínos e sunitas a deporem as armas e, juntamente com as outras minorias, construir uma identidade síria nova e unida na paz e prosperidade com seus vizinhos”, publicou Tom Barrack no X.
Segundo um correspondente da AFP, cerca de 200 combatentes de tribos árabes sunitas trocaram disparos de armas automáticas e projéteis na noite passada com grupos drusos posicionados em Sueida.
Perto do povoado de Walgha, o líder tribal Anas al-Enad disse que viajou com seus combatentes da região central de Hama “para responder aos pedidos de ajuda dos beduínos”. Nessa localidade drusa, controlada agora por forças tribais e beduínas, um correspondente da AFP viu casas, lojas e carros incendiados.
Síria quer evitar uma “guerra aberta” com Israel
O presidente interino Ahmad al-Sharaa havia dito ontem que a retirada de suas tropas de Sueida buscava evitar uma “guerra aberta” com Israel, que bombardeou alvos do governo nessa província meridional e em Damasco, alegando que buscava defender os drusos, minoria presente em Israel e nas Colinas de Golã sírias, ocupadas pelos israelenses desde 1967.