Alta forte da inflação no mês foi puxada, sobretudo, pelos grupos de Educação, Habitação e Alimentação e bebidas.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostra que os preços subiram 1,31% em fevereiro, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse foi o maior patamar do IPCA para um mês de fevereiro desde 2003, há 22 anos e o maior patamar do IPCA desde março de 2022, quando os preços subiram 1,62%.
O resultado representa uma forte aceleração da inflação em relação a janeiro, quando a alta da foi de 0,16%. Com isso, no acumulado do ano no primeiro bimestre, o IPCA acumula alta de 1,47%.
Já no acumulado em 12 meses, a inflação registra um avanço de 5,06%, maior nível desde setembro de 2023, quando o acumulado foi de 5,19%. O número está acima do teto da meta do Banco Central do Brasil (BC), que é de 3% para a inflação anual, e será considerada cumprida se ficar em um intervalo entre 1,50% e 4,50%. Em fevereiro de 2024, o IPCA teve alta de 0,83%.
A inflação de fevereiro veio em linha com as expectativas do mercado financeiro, que eram de uma alta de, em média, 1,30% no mês.
Todos os grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta nos preços no mês, mas os destaques foram os grupos de Habitação, com a alta da energia elétrica residencial, Educação, com os reajustes das mensalidades escolares, e Alimentação e bebidas, com a continuidade da inflação dos alimentos.
Com a forte alta desses itens, o índice de difusão do IPCA de fevereiro foi de 61%, uma redução em relação aos 65% observados em janeiro. Esse índice mostra quanto a inflação está espalhada ou concentrada em determinados itens — e uma redução demonstra que a pressão inflacionária no mês foi mais concentrada que no mês anterior.
Veja o resultado dos grupos do IPCA em fevereiro
- Alimentação e bebidas: 0,70%;
- Habitação: 4,44%;
- Artigos de residência: 0,44%;
- Vestuário: 0,00%;
- Transportes: 0,61%;
- Saúde e cuidados pessoais: 0,49%;
- Despesas pessoais: 0,13%;
- Educação: 4,70%;
- Comunicação: 0,17%.