O terremoto que sacudiu o pequeno país insular de Vanuatu, no Pacífico, na terça-feira (17), deixou pelo menos 14 mortos, de acordo com nova contagem de autoridades locais.
O tremor de magnitude 7,3 foi registrado às 12h47 locais (22h47 de segunda-feira em Brasília), a 57 quilômetros de profundidade e a cerca de 30 quilômetros da costa de Efate, a ilha principal de Vanuatu, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
Na sequência, moradores da região sentiram uma réplica de magnitude 5,5, seguida por uma série de tremores menores que abalaram o arquipélago de 320 mil habitantes.
Katie Greenwood, chefe da Cruz Vermelha no Pacífico, escreveu na rede social X que o governo de Vanuatu registrou pelo menos 14 mortos confirmados e 200 feridos sendo atendidos no principal hospital da capital, Port Vila. O balanço anterior era de seis mortos, de acordo com o escritório da ONU para assuntos humanitários.
O prédio onde estavam as embaixadas dos Estados Unidos, França, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia desabou, de acordo com imagens da AFPTV.
Funcionários das embaixadas dos EUA e da França estão seguros, segundo esses países. A unidade americana fechou temporariamente sua sede, enquanto a francesa declarou que seu escritório foi “totalmente destruído”.
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“Há pessoas nos prédios da cidade. Havia corpos quando eu passei”, afirmou Michael Thompson, um morador da região, em conversa por telefone via satélite, depois de publicar nas redes sociais imagens da destruição.
Um deslizamento de terra soterrou um ônibus, segundo Thompson. Ele disse que o terremoto também derrubou pelo menos duas pontes e outro prédio.
Vídeos publicados por ele e verificados pela AFP mostram equipes de resgate trabalhando em um prédio cuja parede desabou sobre carros e vans estacionados.
O piso de entrada do prédio diplomático “já não existe”, disse Thompson, empresário do turismo de aventura em Vanuatu. “Ficou completamente plano. Se havia alguém lá no momento, não restou nada.”
O hospital de Port Vila foi danificado. Tendas foram instaladas do lado de fora para atender ao alto fluxo de pacientes. “Os esforços de resposta imediata estão em andamento”, disse o escritório da ONU, esclarecendo que estão trabalhando com seus parceiros de ajuda humanitária no local e com as autoridades para superar os desafios de acesso e comunicação.