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System of a Down, mesmo sob chuva, incendeia São Paulo em primeiro dos shows na cidade

Após passar por Curitiba e pelo Rio de Janeiro, o System of a Down trouxe para São Paulo a “Wake Up Tour” neste sábado (10), para o primeiro de três shows que realizará na cidade. A banda armênia estava distante do Brasil desde o Rock in Rio de 2015.

A noite começou com o show da Ego Kill Talent, banda brasileira que abre as apresentações da outra aqui e em outros países da América Latina. Ainda que o público não estivesse exatamente eufórico, a apresentação do grupo provocou mais gritos e assovios do que se podia esperar, levando em conta a rejeição de parte das pessoas ao anúncio do show de abertura nas redes sociais.

Antes mesmo das 21h, o cantor Serj Tankian já estava no palco, acompanhado de Daron Malakian, responsável pela guitarra e parte dos vocais, Shavo Odadjian, o baixista, e John Dolmayan, a cargo da bateria.

Como em Curitiba, a banda abriu o show com “Atack”, do seu último álbum, “Hypnotize”, de 2005, seguida de “Suite-Pee” e de “Prison” —crítica ao sistema prisional americano que já deixa claro para possíveis desinformados o tom político do show.

“Violent Pornography”, que veio logo depois e é uma das faixas mais queridas pelos fãs do System, foi recebida com entusiasmo —que só cresceu conforme “Aerials”, com uma letras as faixas mais poéticas deles, e “I-E- A-I-A-I-O”, igualmente queridas, surgiram na sequência.

Desde o começo, milhares de pessoas acenderam as lanternas de seus celulares e, com a ajuda de papeis coloridos distribuídos antes, formaram faixas azul, vermelho e laranja, as cores da bandeira da Armênia, como havia acontecido no Rio e em Curitiba. A ação, organizada por fãs, é um gesto em reconhecimento do genocídio Armênio, que completa 110 anos em 2025, e da perseguição de pessoas do país pelos exércitos da Turquia e Síria —causa entre as principais da banda, conhecida por suas letras políticas, críticas e bem-humoradas.

As luzes pareciam mais fortes, com mais celulares erguidos, quando começou “Soldier Side”, uma das críticas mais explícitas do System à guerra, em que Serj canta que pessoas envelhecem em direção à morte. A melancolia desta deu lugar à agitação de “BYOB”, sobre o mesmo assunto, que obrigou o público a abaixar os celulares para melhor pular e gritar.

Num próximo bloco, a banda foi aquecendo com músicas queridas como “Radio/Video” e “Hypnotize”, mas o momento ascendeu mesmo a um dos maiores do com “Chop Suey”, a mais conhecida do System of a Down, seguida de “Hollywood” e “Lonely Day”, três faixas que, ainda mais quando contrapostas, dão uma boa ideia da potência e da versatilidade da banda.

Após “War?”, mais violenta, Daron pegou o microfone para avisar —não sem o humor e as “vozinhas” características— que, por mais que sua banda tenha músicas agressivas, também há espaço para as canções bonitinhas, introduzindo a emotiva “Roulette”.

A apresentação então se encaminhou para seu final, bem como para a apoteose. “Toxicity —por que os presidentes não lutam na guerra? Por que sempre mandam os pobres?— abriu uma sequência final.

“Nós não temos pirotecnia no palco, mas nossos fãs trazem o fogo!”, sumonou Daron, ao que surgiram em todos os cantos sinalizadores e outros aparelhos faiscantes. Rodas se formaram e os fãs se jogaram uns contra os outros no “mosh pit”, as rodas de rock.

A chuva que cortou quase o show inteiro foi arrefecendo no final, preparando o cenário para o final incendiário.

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