Uma eventual briga com a Meta será muito mais difícil do que foi contra o X. O Judiciário bateu de frente com Musk, que tentou ignorar e mostrar que não estava nem aí para a Justiça brasileira. [O ministro do STF] Alexandre de Moraes foi nas empresas paralelas, como aquela de satélites [Starlink], que é financeiramente muito mais importante para ele do que o Twitter. Quando começaram a morder as empresas que lhe davam dinheiro, ele recuou.
Por um lado, é uma fragilidade da Meta as redes sociais serem seu principal negócio. Por outro, são empresas muito mais poderosas nesse setor do que o Twitter. Tirar do ar as empresas do Zuckerberg significa tirar Facebook, Instagram e WhatsApp. Isso será um problema para o Brasil e para as empresas daqui. É uma luta muito mais complicada. Tales Faria, colunista do UOL
Tales alertou para o perigo de as big techs passarem por cima das leis nacionais e violarem direitos constituídos.
A princípio, estamos com esse perigo na frente. No momento, há todas as condições para a Meta empurrar com a barriga. Mas podemos saber que vêm tempos com muitos problemas.
Isso aponta que essas empresas não querem qualquer tipo de regulação, mas sim estabelecer um mundo diferente, no qual os estados nacionais, os países e governos não tenham autoridade alguma – e que ela seja dada pelos grandes empresários e pelas big techs.
É uma distopia completa; um mundo no qual ficaremos na mão dessas pessoas. Isso é muito perigoso e eles têm força para tentar. Tales Faria, colunista do UOL