Se o pleito fosse hoje, Trump teria dado uma ajuda importante à reeleição de Lula, como aconteceu no Canadá ou na Austrália.
A questão é que falta um ano e meio para abrirem as urnas.
Ciente disso, Tarcísio, ao mesmo tempo em que defende Bolsonaro para não contrariar a extrema-direita, vai tentando colocar a culpa no governo Lula.
Na visão do governador, existe um “erro” na diplomacia brasileira que não aproximou Lula de Trump. O presidente brasileiro é praticamente o único chefe do G20 que não estabeleceu qualquer tipo de relação pessoal com o mandatário americano.
Trump é intragável para a esquerda, mas a “real politik” exige falar com todos. Foi o que fizeram os presidentes do México, da Rússia, entre vários outros. Ainda mais com um presidente americano tão personalista.
Se o “tarifaço” americano efetivamente for aplicado e houver uma restrição de capital para o Brasil e empregos começarem a ser perdidos, a reação da população pode mudar de “defesa da soberania” para um “mal-estar” com o governo.