Um dos que gritam como a própria sobrevivência de um povo é René Ramírez, de 42 anos, há oito na Argentina. René explica à RFI que a importância desta primeira manifestação na América Latina, a seis dias do fim do mandato de Nicolás Maduro, é motivar os venezuelanos que continuam no país a não baixar os braços.
“A estratégia é apoiar os nossos compatriotas, oprimidos por Maduro, a não desistirem. Queremos levantar a moral deles com esta manifestação e com todas as que vão acontecer pelo mundo”, indica René, segurança privado em Buenos Aires.
O venezuelano ergue uma bandeira da pátria que forçosamente abandonou. Ao seu lado, um cartaz agradece ao presidente Milei por apoiar os venezuelanos.
“Eu sei que dói e que haverá derramamento de sangue. Não queremos isso porque lutamos para que este regime saia pela via pacífica e que aproveite todos os mecanismos da democracia”, teme.
Pressão internacional
Do lado de dentro da Casa Rosada, Edmundo González, reúne-se com o presidente argentino, Javier Milei. A escala na Argentina, a primeira em um país da América Latina, é consequência da liderança opositora ao regime venezuelano por parte do presidente argentino, que foi o primeiro líder mundial a denunciar a fraude eleitoral e a não reconhecer o resultado das eleições de 28 de julho passado. “Obrigado, Milei”, grita a multidão com regularidade.