Vereador de São Paulo mais votado na eleição de outubro passado, Lucas Pavanato (PL) não esperou o final da solenidade de posse na Câmara, nesta quarta-feira (1º), para coletar assinaturas para duas CPIs que está apresentando.
Ele conseguiu o número mínimo de 19 para ambas, em geral de colegas de partidos de direita e centro.
Uma das CPIs seria para investigar as invasões de propriedades e terrenos na cidade e é direcionada claramente a movimentos de esquerda como o MTST e congêneres.
A outra foi batizada por ele de CPI das ONGs, para apurar o papel destas entidades no atendimento a moradores de rua, sobretudo no centro da capital.
No ano passado, o vereador Rubinho Nunes (União Brasil) tentou criar uma comissão semelhante, mas esbarrou em resistências por ela ter sido direcionada contra o padre Júlio Lancellotti, que trabalha há décadas com o tema.
Para evitar o mesmo problema, a CPI proposta por Pavanato não pretende individualizar um alvo.
O fato de as duas CPIs serem protocoladas não garante seu funcionamento, no entanto. A sua criação e instalação se devem a acordos políticos na Casa.