A Comissão Especial de Inquérito (CEI), conhecida como “CEI da Propina” e instaurada pela Câmara Municipal de Rondonópolis para apurar suspeitas de propina na Secretaria Municipal de Infraestrutura (Sinfra), enfrenta obstáculos na obtenção de documentos necessários para a investigação. Até o final da tarde de ontem, a prefeitura ainda não havia respondido ao requerimento enviado em 25 de outubro, que solicitava informações detalhadas sobre contratos de obras executadas no município.
Kalynka Meirelles (PL), presidente da CEI, informou que o pedido inclui uma série de documentos relacionados aos contratos firmados pela gestão do prefeito Zé Carlos do Pátio (PSB) com duas empreiteiras mencionadas nas denúncias que motivaram a criação da comissão. O requerimento especifica a necessidade de acesso a editais de licitação, contratos, medições, empenhos, aditivos, além da qualificação técnica do fiscal responsável.
A Sinfra, liderada por Dhyogo Parreira Gonçalves, é alvo de graves denúncias, acusada de receber propina para facilitar aditivos contratuais com empreiteiras que operam na cidade. “Encaminhamos um ofício dando cinco dias para resposta, mas até agora nada foi atendido”, criticou Kalynka Meirelles, ressaltando a resistência do Paço Municipal em fornecer os documentos.
Diante da ausência de resposta, a vereadora já está preparando novas ações para avançar com as investigações. Ela anunciou que enviará notificações à Controladoria do Município, ao Ministério Público Estadual (MPE) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para ampliar o acompanhamento do caso e exigir transparência.
Além de Kalynka Meirelles, a comissão conta com o vereador Subtenente Guinancio (PSDB) como relator e o vereador Dr. Jonas Rodrigues (MDB) como membro titular, além dos suplentes Roni Cardoso e Ozeas Reis, ambos do UB. A CEI segue cobrando que o executivo municipal colabore e forneça as informações necessárias para esclarecer as denúncias.