DO REPÓRTERMT
O Governo de Mato Grosso e a Nova Rota do Oeste entregaram, no início da tarde desta sexta-feira (20), os primeiros 100 quilômetros duplicados da BR-163, com investimento de mais de R$ 1,2 bilhão, totalmente em recursos dos cofres públicos estaduais.
Na ocasião, o governador Mauro Mendes (União), em clima de descontração, brincou: “Libera aí, porra!”, disse em vídeo publicado nas redes sociais.
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“Ninguém, absolutamente ninguém nesse país, chega perto daquilo que Mato Grosso está fazendo na infraestrutura, na saúde e em tantas outras áreas. Fazemos isso porque tem, em cada canto desse Estado, milhares de mato-grossenses que trabalham com muita seriedade e que pagam seus impostos. O que nós fazemos é cuidar bem do dinheiro do cidadão e fazê-lo voltar em forma de serviço para toda a sociedade”, afirmou o governador.
Para a duplicação dos primeiros 100 quilômetros da BR-163, o Estado investiu os recursos em dois contratos que abrangeram os trechos km 507 (Diamantino) e o km 593 (Nova Mutum).
“Nós assumimos a concessão pelo desastre que estava a BR-163. Esse movimento demonstra que o governo é atento, responsável e seguro ao usar o dinheiro público para fazer o que é prioritário. O problema da rodovia começou, definitivamente, a ser resolvido; era um problema crônico e passou a ser sinal de esperança”, destacou o vice-governador Otaviano Pivetta.
O diretor-presidente da Nova Rota do Oeste, Luciano Uchoa, também avaliou que a entrega dos cem quilômetros de rodovia duplicados representa uma retomada da confiança do povo mato-grossense.
“Depois de tantas expectativas e frustrações, iniciamos as obras de duplicação e passamos essa mensagem de que estávamos fazendo algo diferente. Além da obra de duplicação e da fluidez para o trânsito, estamos provendo segurança viária para o cidadão. Esse primeiro segmento, entre Diamantino e Nova Mutum, teve uma redução de 82% de acidentes com mortes. Esse número, por si só, justifica todo o esforço que estamos fazendo aqui”, pontuou.
O presidente do conselho da Nova Rota do Oeste, Cidinho Santos, lembrou que o governador ousou ao propor assumir a concessionária responsável pela BR-163. “Se todos os gestores públicos fizessem a ‘loucura’ que o senhor ousou em fazer, nós teríamos muito mais vidas salvas, mais dignidade e um Brasil saudável”, destacou.
O prefeito de Nova Mutum, Leandro Félix, destacou os reflexos da duplicação para o município e apontou redução nos atendimentos hospitalares por vítimas de acidente da rodovia nas unidades de saúde do município.
“Mais de 70% dos atendimentos de emergência do nosso hospital eram de vítimas de acidente da rodovia. Esse trecho entre Diamantino e Nova Mutum não foi por questão política, foi porque era o trecho que mais tinha acidentes. Quando o Governo do Estado falou que iria assumir a BR-163, a grande maioria da população disse que era mais uma promessa de política e que a obra ia ficar mais uns 20 anos sem terminar. Agora, estamos praticamente um ano depois com 100 quilômetros de asfalto sendo inaugurado. Então, não conseguimos mensurar a importância dessa grandiosa obra”, relatou.
O diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale, apontou que Mauro Mendes “conseguiu pensar o impensável e conseguir o improvável”. “Estamos juntos para fazer o melhor para Mato Grosso e para a BR-163”, ressaltou.
O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas, relator do processo que permitiu o Estado assumir a concessionária pela MT Par Participações (MT Par), afirmou que a “lei é feita para resolver a vida das pessoas e não para criar mais problemas”.
“Quando fechamos um processo, geralmente não nos preocupamos com os desdobramentos que vão acontecer depois. Muitas vezes, são histórias tristes de obras que foram paralisadas porque haviam falhas graves, ou são licitações que precisaram ser interrompidas por um problema insanável, outras vezes são gestores públicos que se corromperam e cometeram irregularidades. Mas, no caso de hoje, vimos com os nossos próprios olhos essa história que está sendo construída por um Governo que teve coragem e por uma população que soube sonhar”, disse.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, destacou que a resposta apresentada pelo governador foi heterodoxa. “Graças à potência do Governo de Mato Grosso, às suas condições de governabilidade, pôde propor isto que era diferente. Essa história de sucesso precisa ser contada para fora porque Mato Grosso é o Estado que dá certo”, apontou.