KARINE ARRUDA
DO REPÓRTEMT
Na noite dessa sexta-feira (14), os moradores de alguns bairros de Várzea Grande retomaram a onda de protestos nas ruas e avenidas do município por conta da falta de água na região. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram os populares ateando fogo em objetos para fazer barricadas e bloquear vias da cidade.
Além dos gritos de clamor pela retomada do abastecimento de água, há um outro vídeo compartilhado em grupos de mensagens que mostra uma moradora aproveitando a água da chuva para encher um balde (veja ao final da matéria).
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A onda de manifestações começou na noite de segunda-feira (10), quando moradores do bairro Paiaguás bloquearam a Avenida Filinto Müller, onde atearam fogo em pneus, em protesto contra a Prefeitura de Várzea Grande e o Departamento de Água e Esgoto (DAE) da cidade.
Suposto boicote
Na sexta-feira, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), anunciou uma investigação policial para apurar a falta de água no município sob a suspeita de que a crise hídrica esteja relacionada a boicotes e sabotagens.
A situação é tão crítica na cidade que a prefeita Flávia Moretti decretou situação de calamidade pública. Na justificativa, a prefeitura disse que a medida foi necessária em razão do sucateamento e das recorrentes sabotagens e atos de vandalismo nas unidades de abastecimento.
Segundo Moretti, o sistema de água que existe hoje em VG é um sistema sucateado, com bombas ultrapassadas, redes antigas e infraestrutura precária, resultado de anos sem a manutenção adequada. Por conta disso, diversas Estações de Tratamento de Água (ETAs) se encontram paralisadas ou operando com a capacidade reduzida.
Leia mais – Flávia decreta calamidade pública por crise no abastecimento de água
Outro lado
O 
entrou em contato com o Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande, que informou que as equipes já estão trabalhando para garantir o abastecimento total dos bairros do município. Segundo o órgão, a maioria das manifestações estão ocorrendo em bairros em que o abastecimento começou a ser normalizado agora, com a estabilização das Estações de Tratamento de Água (ETAs).
Veja vídeos:
