APARECIDO CARMO
DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
O senador Wellington Fagundes (PL) afirma que a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de impor medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o uso de tornozeleira eletrônica, tem como objetivo tirá-lo das eleições gerais do ano que vem. A declaração foi feita nesta sexta-feira (18), em conversa com jornalistas.
“Nós entendemos que querem tirar o Bolsonaro [da eleição do ano que vem] porque ele é o maior líder do partido, do país. Se o presidente Bolsonaro não participar das eleições como candidato no ano que vem, nós entendemos que não serão eleições democráticas”, afirmou Fagundes.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Leia mais – PF cumpre mandados contra Jair Bolsonaro por ordem do STF
Para o senador, houve excesso na decisão de Moraes. Fagundes assegurou que Bolsonaro vinha se colocando à disposição da Justiça e que vai recorrer da decisão.
Wellington também criticou as decisões monocráticas do ministro Alexandre de Moraes. Ele citou como exemplo a decisão de reestabelecer as novas regras para cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), mesmo o Congresso tendo derrubado por ampla maioria o decreto do Governo do Estado.
“O Supremo agiu com uma decisão única, de um ministro. Como nós tivemos agora uma posição do congresso nacional em relação ao IOF, nós derrubamos o IOF, e apenas uma decisão monocrática do ministro Alexandre definiu para voltar o IOF, para cobrar mais da população brasileira, taxar mais, aumentar a carga tributária, sendo que o Brasil tem maior carga tributária dos países em desenvolvimentos do mundo”, disse.
Questionado se uma eventual prisão de Jair Bolsonaro prejudicaria o desempenho do próprio Wellington Fagundes na eleição do ano que vem, quando ele deve disputar o cargo de governador, o senador ressaltou que o bolsonarismo é um movimento muito forte em todo o país.
“O bolsonarismo não deixará de existir nunca, o bolsonarismo é muito forte no Brasil e em Mato Grosso muito mais”, afirmou.
