O prefeito Zé Carlos do Pátio sancionou, no apagar das luzes de 2024, a Lei 13.953, que finalmente destina R$ 1.416.968,88 à Santa Casa de Rondonópolis. Esses recursos, provenientes de emendas parlamentares impositivas de vereadores da oposição – Paulo Schuh (PL), Kalynka Meirelles (PL), Subtenente Guinancio (PSDB) e José Felipe Horta (PL) –, chegaram apenas na última hora, escancarando a falta de compromisso com a saúde da cidade.
As emendas, essenciais para o custeio de serviços médicos no hospital filantrópico, foram liberadas somente no limite do prazo legal, dia 31 de dezembro. A postergação não foi por acaso. Após um embate judicial contra a Câmara Municipal, o Executivo conseguiu alterar a data limite de pagamento, antes prevista para 31 de julho, adiando o envio dos recursos por mais cinco meses (entenda o caso aqui). O atraso coloca em xeque o respeito do prefeito às necessidades emergenciais da saúde pública.
Os valores, divididos entre os quatro vereadores, incluem R$ 434.242,22 de Kalynka Meirelles, Paulo Schuh e José Felipe, além de R$ 114.242,22 de Subtenente Guinancio. O montante será destinado exclusivamente ao pagamento de serviços médicos realizados nas UTIs do hospital, essenciais para salvar vidas em um município que sofre com a precariedade da saúde.
O atraso, entretanto, não apenas compromete a prestação de serviços, mas também demonstra a má vontade do Executivo em cumprir suas obrigações com vereadores que não compõem sua base aliada.
A lei sancionada ainda determina que a Santa Casa preste contas detalhadas ao Ministério Público e à Secretaria Municipal de Saúde.